O desafio de tomar uma decisão
Este ano completa uma década do Microsoft Power BI, ferramenta que, no início, muitos duvidaram, mas que se tornou indispensável para qualquer profissional de dados. Enquanto a Microsoft começava sua jornada num mercado dominado por gigantes como SAP, Tableau e IBM, vivemos hoje uma era onde o excesso de opções tecnológicas desafia gestores a tomar decisões rápidas e acertadas. Em meio a esse ecossistema híbrido e multicloud, saber integrar e governar essas plataformas é o verdadeiro diferencial para transformar dados em decisões estratégicas.
A verdade é que não existe bala de prata. Cada tecnologia tem seus pontos fortes. O SAS, por exemplo, ainda é referência em análise de risco no setor financeiro, mas suas conclusões são frequentemente consumidas em dashboards de Power BI. Essa interdependência exige maturidade técnica, integração bem planejada e, sobretudo, governança de dados robusta, que evite redundâncias, inconsistências e divergência de indicadores.
Ainda assim, unificar dados para análise segue sendo um dos grandes gargalos corporativos. Embora existam soluções de integração acelerada, elas costumam implicar custos altos e dependência tecnológica. Ainda é comum ver times dedicando mais tempo para preparar dados do que para analisá-los, o que atrasa a entrega de insights e reduz o valor percebido dos investimentos em BI.
Além disso, há um obstáculo cultural que pesa tanto quanto o técnico. Para muitas áreas de negócio, construir um ecossistema de dados completo, com ingestão, tratamento, modelagem e visualização, parece algo distante, especialmente quando a ideia de que “uma planilha resolveria” ainda é recorrente. Porém, as empresas que não enfrentam esse processo de transformação digital continuam presas em visões parciais, sem conseguir alinhar estratégia e indicadores de forma confiável.
O que observo é que, não importa a solução escolhida, toda empresa, em algum momento da sua maturidade, necessita construir uma sólida governança de dados. Quando isso é colocado como prioridade, muitos problemas futuros relacionados à gestão de múltiplas ferramentas e plataformas são minimizados. A DEXBoard, criada em 2019, por exemplo, é uma ferramenta que consolida diversas fontes de dados em um único painel, facilitando o acompanhamento dos principais indicadores e, hoje, integra inteligência artificial generativa para oferecer respostas centralizadas e mais eficientes.
Essa solução trouxe uma grande lição: unir dados, visualizações e governança em um só ambiente traz mais agilidade na tomada de decisão, segurança na gestão dos dados e redução significativa de custos com licenciamento e manutenção de múltiplas ferramentas. Além disso, promove uma cultura analítica integrada, permitindo que empresas ampliem sua maturidade data-driven com confiança e consistência.
No final das contas, a verdadeira transformação digital não está em escolher a plataforma perfeita, mas em como orquestrar e governar o vasto universo de dados. Só assim o analytics e o BI deixam de ser apenas tecnologias para se tornarem efetivamente a base da decisão estratégica e do sucesso empresarial.